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Manhuaçu, Minas Gerais, Brazil
Atualmente sou Analista da Educação na Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu (SMEM), e também Professora de Educação Básica pela Secretaria Estadual de Educação (SEE) na área de Língua Portuguesa, lotada na E.E. Maria de Lucca Pinto Coelho. Sempre me identifiquei com a educação, filha de professora, cresci entre os livros. Sempre gostei de ler e de escrever . Durante a minha formação em magistério de 1º grau tive ótimos professores, verdadeiros mestres, que deixaram seus exemplos como ensinamento maior. Esses exemplos foram reforçados na faculdade de Letras, que cursei em Carangola – MG, mais tarde me especializando em Língua Portuguesa e Literatura em Língua Portuguesa, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola; Linguística Aplicada, pela Universidade Federal de Uberlândia; e Mestrado em Estudos Linguísticos, pela Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG). Assim, sempre cercada de bons motivos, abracei a carreira, a qual me dedico de coração.

domingo, 15 de novembro de 2009

A Hora do Conto: pelas ondas do rádio

PROJETO DE LEITURA - 2ª FASE



ESCOLA ESTADUAL MARIA DE LUCCA PINTO COELHO
Planejamento 3º bimestre de 2009
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO DE TEXTO – LÍNGUA PORTUGUESA
Professora: Rosane Miranda
PROJETO “A HORA DO CONTO” (2ª FASE)

PRODUZINDO CONTOS

ALUNOS ENVOLVIDOS: 2º A, B,C,D e 1º Magistério

JUSTIFICATIVA: Trabalhamos os dois primeiros bimestres de 2009 com o gênero Conto. Realizamos leitura individual e para a turma, temos até um programa na Rádio Pescadores (FM 104,9) com apresentação dos contos para a comunidade de Manhuaçu. Houve envolvimento e participação, vimos que o resultado foi satisfatório, melhoramos nosso aproveitamento e o perfil de desempenho da turma (nossas notas melhoraram!!). Agora, para o 3º bimestre, temos uma proposta de continuidade para os nossos trabalhos. Vocês estão recebendo este material para que se organizem em equipes e coloquem em prática nosso novo desafio: produzir contos.

METODOLOGIA: Em grupos de 5 elementos, vocês irão levantar dados na comunidade sobre os contos que fazem parte do conhecimento popular. Irão escolher pessoas que se identifiquem com o perfil de contadores de estórias ou casos para participarem de um documentário que a turma irá registrar. Vocês deverão filmar todo o trabalho para servir de consulta para confirmação dos dados levantados na pesquisa. Esse registro é importante e sério! De posse do material gravado, vocês realizarão a transcrição dos dados para que possamos juntos produzir o registro escrito das estórias presentes no imaginário popular de nossa comunidade.

OBJETIVOS GERAIS:
- Promover o resgate da cultura popular de nossa comunidade;
- Aproximar pessoas de diferentes gerações, por meio do gênero estudado, estreitando os laços que unem o nosso passado imediato ao presente vivido por nossos familiares e munícipes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Reforçar os conhecimentos sobre este gênero literário;
- Possibilitar a você, aluno, estar do outro lado da página, como escritor de contos;
- Oportunizar o aprendizado de gêneros não-literários que servirão de suporte para o levantamento dos Contos (projeto de pesquisa, relatório, documentário) e biografia.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Datas a combinar em sala de aula
Como fazer?
O que fazer?
Distribuição de tarefas
Formação das Equipes
1ª semana de agosto

Organizar grupos de 5 elementos
Marcar reuniões para distribuição de tarefas
Redator:
Câmera:
Âncora:
Suporte geral:
Apresentação do Projeto de Pesquisa
3ª semana de agosto

Data:
Registrar, conforme orientação anexa, os procedimentos da equipe para a concretização do trabalho
Apresentar para o grande grupo os planos da equipe para a elaboração do trabalho.
Representante geral:
Levantamento de dados
1ª semana de setembro

Data:
Escolher alguém da comunidade que preencha o perfil necessário para a contação das estórias ou casos.
Gravar o trabalho de campo para as eventuais consultas.
O grupo todo deverá se envolver

Apresentação do Relatório de Atividades e do Documentário feito pela equipe
2ª semana de setembro

Data:
Registrar, conforme modelo anexo, as observações relevantes ao desenvolvimento da pesquisa
Apresentar para o grande grupo os registros feitos pela equipe (relatório e documentário)
Redator:
Representante geral:

(Agendar TV e DVD para apresentação)
Apresentação dos contos, estórias ou casos transcritos

4ª semana de setembro

Data:
Produzir, conforme orientação anexa, o texto de apresentação e transcrever os contos, estórias ou casos ouvidos na comunidade
Apresentar para o grande grupo a 1ª versão escrita do texto selecionado.
Redator:
Representante geral:
ORIENTAÇÕES GERAIS
Após essa etapa, teremos, no 4º bimestre, as reescritas de texto e a seleção de contos para a elaboração do nosso livro.
Observações:
Este material deverá ser copiado para todos os integrantes da equipe;
O registro é único por equipe, mas cada integrante terá em sua pasta de produção de texto todo o material elaborado pelo grupo, manuscrito;
Ao final do bimestre o trabalho apresentado na pasta, somado às atividades de produção de texto em sala de aula, será avaliado individualmente em 5,0 (cinco pontos);
A criatividade e originalidade do documentário serão avaliadas coletivamente em 5,0 (cinco pontos);
Os créditos restantes serão distribuídos entre a avaliação bimestral (10,0) e a Feira Cultural (5,0).

DESENVOLVIMENTO:

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PROJETO DE PESQUISA

ROTEIRO E ORIENTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

TITULO - Sendo este trabalho de natureza científica, o seu título deve ser explícito e preciso. Poderá ser modificado, na redação definitiva, em função dos resultados da pesquisa.
DISCIPLINA a qual o trabalho se vincula (Língua Portuguesa)
CONTEÚDO ESTUDADO – Gêneros Literários: O Conto
JUSTIFICATIVA – A justificativa deverá conter: o assunto a ser pesquisado e as razões por que foi escolhido; uma rápida revisão de literatura sobre Gêneros Literários, com especial destaque para o Conto; o interesse ou importância do estudo proposto para o desenvolvimento dos seus estudos em geral, ou para melhor conhecimento de um de seus aspectos em particular, ou ainda para aplicações práticas a problemas da nossa comunidade.
OBJETIVOS – Embora não seja possível prever exatamente os resultados de uma pesquisa, sempre se visa a certas metas ao realizá-la. São essas metas que devem constar deste item. Se necessário, desdobrem-se os objetivos em gerais e específicos.
METODOLOGIA – Explicite os procedimentos utilizados, as etapas a serem cumpridas para a elaboração do trabalho, discriminando-se as técnicas e procedimentos que deverão ser adotados no tratamento do assunto, em cada etapa do trabalho; em síntese, as diferentes linhas de ação propostas para se atingirem os objetivos.
CRONOGRAMA – O cronograma deverá prever as fases do trabalho e a duração de cada uma, para orientação e autocontrole da equipe.
BIBLIOGRAFIA – Mencione a bibliografia utilizada para a elaboração do trabalho. Os elementos essenciais de uma referência bibliográfica devem apresentar a seguinte disposição:

AUTORIA – ponto – TÍTULO – ponto – LOCAL DE PUBLICAÇÃO – dois pontos – EDITORA – vírgula – ANO DE PUBLICAÇÃO – ponto.

Exemplo:

BASTOS, Lúcia Kopschitz. Coesão e Coerência em Narrativas Escolares. São Paulo: Martins Fontes, 1994.


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RELATÓRIO

ROTEIRO E ORIENTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO


O relatório é utilizado, sobretudo, na área da pesquisa científica, mas também na área técnico administrativa. Seu objetivo é comunicar resultados de trabalhos, pesquisas, visitas, projetos realizados, etc. Deve, portanto, ser claro, completo e rigorosamente fiel à realidade.
Contém folha de rosto, sumário, sinopse, introdução, desenvolvimento, conclusões ou considerações finais. Pode conter apêndices que incluam documentos, comprovantes, gráficos, fotografias ou outros.
O relatório parcial presta contas de uma parte do trabalho que já foi concluída. O relatório final descreve toda uma atividade e visa a dar uma ideia global de seus resultados.
Pode ser simples, sendo pessoal e informal ou apresentar caráter mais complexo, levando a conclusões mais profundas e definitivas.

Características do Relatório:

1. Deve responder às perguntas O que se passou? Ou O que aconteceu? (o fato a ser relatado ou esclarecido).

2. Deve responder ainda: O que se pensa sobre o fato? Como analisar o fato? (assunto dado).

O esquema seria:

1. Problema. (Desconhecimento dos contos e casos presentes no imaginário popular de nossos munícipes mais antigos)
2. Causa. (Falta de registro)
3. Efeito. (Perda de nossas raízes culturais e de valores outrora presentes na formação da nossa comunidade)
4. Soluções. (Levantamento, registro e publicação dos contos e casos resgatados)

Obs.: Os parênteses apenas ilustram, trazendo sugestão e mais esclarecimento sobre o item em questão.

Estrutura do Relatório:

Introdução
Local e data
Título (assunto ou ementa)
Destinatário
Motivo (apresentação de motivos do relatório)

Desenvolvimento
Relatório das ocorrências (fatos com data, local, etc.)
Método utilizado para o levantamento das informações ou análise e resumo das pesquisas praticadas (de acordo com o tipo de relatório que se pretende).
Discussão dos assuntos pesquisados ou exposição dos fatos pela ordem de ocorrência ou conveniência. Fazem parte do contexto a apreciação, a análise e o julgamento dos fatos ou das pesquisas desenvolvidas.

Conclusão
Consideração e recomendação de medidas ou providências necessárias e opiniões finais.

Assinatura.



Modelo de Relatório

Escola Estadual Maria de Lucca Pinto Coelho
Manhuaçu, 10 de setembro de 2009.
Assunto: Pesquisa de campo sobre os contos e casos presentes no imaginário popular de nossa comunidade.

Senhora Professora,

A fim de darmos participação aos demais colegas e de registrar os procedimentos seguidos durante a pesquisa sobre os contos e casos presentes no imaginário popular dos munícipes de Manhuaçu, submetemos à apreciação de V.Sa. o relatório das atividades já desenvolvidas:

1. Na primeira semana de agosto ....
2. No dia / / a equipe ....
3. Além dos encontros para leitura e aprofundamento sobre o Gênero Literário estudado, foram realizados...



Estas foram, até o momento, as atividades desenvolvidas pela equipe para que os objetivos e metas propostos no projeto de pesquisa pudessem ser alcançados.


Alunos (nomes)
Série



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TEXTO DE PRIMEIRA PÁGINA
(APRESENTAÇÃO DO CONTO)


ROTEIRO E ORIENTAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DA APRESENTAÇÃO (CONTEXTUALIZAÇÃO) DO CONTO


Neste espaço você deverá registrar suas impressões a respeito do conto selecionado. Informe sobre a região onde ele é contado, a pessoa que conta, como e por quem ele foi contado a quem hoje reconta, enfim, registre informações relevantes para que seu leitor entenda os valores e as ideologias que estão sendo repassadas nas entrelinhas do conto ou do caso que você resolveu divulgar. Se precisar, consulte a biblioteca da escola, alguns livros de contos, que resgatam valores culturais de diferentes povos, trazem esta apresentação antes de cada conto.



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CONTO, ESTÓRIA OU CASO (1ª VERSÃO ESCRITA)


ROTEIRO E ORIENTAÇÃO PARA O REGISTRO DA 1ª VERSÃO DO CONTO

O conto é uma narrativa ficcional curta. Não faz rodeios: vai direto ao assunto. No conto tudo importa: cada palavra é uma pista. Em uma descrição, as informações são valiosas; cada adjetivo é insubstituível; cada vírgula, cada ponto, cada espaço – tudo está cheio de significado. Já se disse que o conto está para o romance assim como a fotografia está para o cinema: tanto o contista quanto o fotógrafo devem selecionar uma situação e extrair dela o máximo. Seja criativo, escolha as palavras certas, cuide da pontuação, procure passar para o papel toda a magia do conto que você ouviu, preservando sua originalidade e beleza. Tenha em mente que ele será lido por colegas e professores de sua escola, por familiares e amigos, pois fará parte do livro que iremos produzir e expor para leitura no 4º bimestre.
Avalie seu conto: observe se o seu conto é uma narrativa ficcional curta; se apresenta poucas personagens, poucas ações e tempo e espaço bem reduzidos; se o enredo está estruturado em introdução, complicação, clímax e desfecho, ou subverte intencionalmente essa estrutura; se a linguagem empregada está de acordo com o perfil do narrador e das personagens.

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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:

CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português:linguagens. São Paulo: Atual, 2005.

MACHADO, Regina. O violino cigano e outros contos de mulheres sábias: São Paulo: Companhia das Letras, 2004.


PROJETO DE LEITURA - 1ª FASE








PROJETO DE LEITURA
A HORA DO CONTO: pelas ondas do rádio

PROFESSORA RESPONSÁVEL: ROSANE MIRANDA RODRIGUES DOS REIS


PÚBLICO ALVO: Alunos do Ensino Médio do turno matutino da E.E. Maria de Lucca Pinto Coelho.


PROBLEMATIZAÇÃO:

A dificuldade de interagir por meio da linguagem escrita constitui-se num dos objetivos a serem vencidos nas aulas de língua portuguesa. A falta de habilidade para lidar com essa modalidade da língua acaba por interferir no aprendizado de todos os demais conteúdos, sendo, portanto, uma prioridade enquanto garantia para a continuidade do aprendizado dentro e fora da escola. Desenvolver essa habilidade requer por parte dos alunos um maior envolvimento com a leitura, a fim de que as marcas que são características dessa modalidade da língua possam ser assimiladas gradativamente, na medida em que os aprendizes têm um maior contato com textos escritos. Despertar o gosto pela leitura de maneira lúdica e espontânea, motivando os alunos a buscar a emoção e o conhecimento através da literatura, passa a ser o nosso desafio.


JUSTIFICATIVA:

Trabalhar com gênero conto será a alternativa adotada para se chegar de maneira lúdica ao objetivo esperado com relação à dificuldade de interagir por meio da linguagem escrita. Os contos escolhidos serão lidos e apresentados via rádio, respeitando-se a entonação, pontuação, pausas, enfim, todos os aspectos que envolvem a apresentação oral de um texto. Nessa passagem da modalidade escrita para a oral prevista, espera-se desenvolver habilidades adormecidas, promovendo, então, a leitura como forma efetiva de aprendizagem, e a literatura como mote para se despertar tais emoções e sensibilidades. Dessa forma a construção de conceitos e o conhecimento de teorias acerca da literatura e do fazer literário dar-se-ão na relação ativa com o objeto de conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS:

. Possibilitar a interação escola e sociedade através de um gênero literário que permite o despertar da emoção e da reflexão sobre esta forma de manifestação artística da língua. . Propor ao leitor e ao ouvinte cumplicidade e envolvimento emocional, proporcionando prazer intelectual e estético.
. Provocar o estranhamento do cotidiano e criar possibilidades de deslocamento pelo humor, pela fantasia, pelo sarcasmo, criando situações em que o aluno tenha oportunidade de interagir com o objeto que se quer que ele conheça e aprecie: o texto literário.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

. Fornecer subsídios para que o aluno atinja um nível de letramento que o capacite a compreender e produzir, com autonomia, diferentes gêneros de textos, com distintos objetivos e motivações. (Não é nosso objetivo que o aluno produza contos, mas que compreenda e identifique esse gênero.);
. Criar condições para que o aluno tenha acesso aos usos literários da língua e a obras de autores representativos da literatura. (Não é nosso objetivo que o aluno tenha o texto literário como modelo, em detrimento de outros gêneros ou formas de concretização da linguagem, mas que tenha nesse gênero mais uma opção frente ao leque de situações e manifestações que a interação verbal oferece.).


DESENVOLVIMENTO:

Os contos selecionados serão distribuídos entre os alunos que se organizarão para apresentá-los de forma interessante, com efeitos especiais que reproduzam os sons citados no texto, compondo o cenário em que se dá o enredo, como nas antigas novelas de rádio.

Uma equipe ficará responsável pela leitura (distribuindo as falas entre o narrador, e as personagens); outra se responsabilizará pelo efeito acústico (sonoplastia); e uma terceira se encarregará da divulgação do programa, através de cartazes e visitas as salas de aula, podendo inclusive divulgar em outras escolas e em alguns estabelecimentos comerciais (possíveis patrocinadores do programa).

Os alunos serão ouvidos previamente, podendo ter seu trabalho selecionado para a gravação, ou recebendo orientações para que o mesmo seja mais elaborado, aguardando uma próxima oportunidade.

CRONOGRAMA:

O programa irá ao ar, via ondas de rádio, semanalmente, com duração de uma hora.
As atividades serão desenvolvidas durante o ano letivo de 2009.

Março – distribuição dos textos e preparação para a leitura.
Abril – seleção dos primeiros trabalhos e gravação em caráter de teste.
Maio – previsão para colocar no ar os trabalhos já selecionados, dando seguimento às gravações durante todo o ano de 2009.



BIBLIOGRAFIA: (ver disponibilidade de livros do gênero na biblioteca da escola)



RELATO DE EXPERIÊNCIA GESTAR ENSINO MÉDIO


RELATO DE EXPERIÊNCIA
GESTAR NO ENSINO MÉDIO

Aproveito o momento para relatar uma experiência de ensino de língua que venho desenvolvendo na E.E. Maria de Lucca Pinto Coelho, com alunos do ensino médio. Embora, o Gestar II tenha como objeto alunos das séries finais do ensino fundamental – meu objeto de trabalho via prefeitura - trabalho na rede estadual com alunos do ensino médio, e como não poderia deixar de ser, também eu me deixei contagiar pelas propostas envolventes do Gestar, sentindo-me motivada a colocá-las em prática. É essa experiência que gostaria de relatar. Desde o início do ano letivo, venho trabalhando com a leitura de contos em sala de aula. Sei que o currículo extenso das séries finais do ensino fundamental muitas vezes acaba por não deixar espaço para as leituras em voz alta, prática comum apenas às séries iniciais do ensino fundamental. Sei também que tal prática deve ter objetivos claros, uma vez que tal leitura não deve ser usada como avaliação da capacidade de compreensão do leitor. Embora atualmente algumas pesquisas já apontem para a importância do ritmo e da entonação empregados no momento da leitura como fatores de construção do sentido, a literatura registra importantes trabalhos que apontam a leitura em voz alta como uma “prática inibidora da construção de sentido”[1] que muitas vezes é utilizada pelo professor com o objetivo de avaliar a compreensão. Talvez esse caráter marginal de decodificação, tenha contribuído para que essa prática ficasse de lado, mas percebo que mesmo no ensino médio, alunos têm demonstrado dificuldade nessa que seria a primeira etapa a ser vencida para que a leitura de significados venha a ser alcançada: alguns alunos apresentam dificuldades para d-e-c-o-d-i-f-i-c-a-r. Parece absurdo, mas é real, então, em vez de lastimar, resolvi criar oportunidade para que os alunos exercitassem essa prática que, quando bem direcionada, permite ao professor perceber a habilidade de leitura desenvolvida pelo aluno, não se trata de avaliar o grau de compreensão do que se lê, sabemos que a leitura em voz alta tem outros objetivos, tais como entonação, ritmo, pontuação, decodificação mesmo. Começamos lendo na sala de aula: os alunos escolhiam os contos na biblioteca e apresentavam para a turma juntamente com a biografia do autor, durante 10 minutos, ao iniciar de cada aula de português, foi assim durante o 1º bimestre de 2009. No segundo bimestre - voltando com as ideias ainda fresquinhas do primeiro encontro do Gestar II, que enfatizou o estudo dos gêneros como a configuração de atividades de interação social, voltadas para a comunicação, motivadas pela necessidade de dizer e de atuar sobre o outro através da linguagem – coloquei em prática o projeto A HORA DO CONTO PELAS ONDAS DO RÁDIO. Então, passamos a nos preparar para a leitura na rádio comunitária local, uma estação de audiência mediana, mas que me pareceu adequada para que os alunos vissem naquela prática algo produtivo; a leitura em voz alta teria um motivo maior, que justificaria o empenho da turma: seria a nossa forma de levar à comunidade local um pouco de cultura, e por que não de entretenimento, através da leitura da vida e da obra de importantes escritores da literatura universal. O resultado superou as expectativas. Houve envolvimento da turma, considerável melhora no aproveitamento das aulas e, principalmente, no nosso relacionamento, refletindo na disciplina e no interesse do grupo pelas aulas. Ao iniciarmos o terceiro bimestre, demos início a 2ª fase do projeto, passamos para a etapa de produção de contos. A fim de direcionar e de justificar a importância do trabalho de escrita a ser realizado, apresentei aos alunos os objetivos e metas para aquela fase, destacando a necessidade de registrar os contos presentes no imaginário de nossa comunidade. Essa sabedoria popular faz parte da nossa cultura e da construção de nossa identidade, pois é passada de pai para filho, formando nossas crenças e valores. Assim, aos alunos em grupo apresentaram seus projetos de pesquisa, fizeram um levantamento dos contos presentes no imaginário popular da comunidade, gravaram vários documentários com esses populares narrando estórias, que posteriormente foram apresentados para os demais colegas, juntamente com o relatório das atividades desenvolvidas. Agora, no 4º bimestre, estamos transcrevendo os contos coletados, para a edição de um livro. Uma vez na semana (sexta-feira), as equipes apresentam a primeira versão do conto que resgataram e os demais colegas fazem sugestões para a reescrita. Tem sido uma ótima oportunidade para colocarmos em prática as noções de gramática e de construção do sentido, trabalhados durante os três primeiros bimestres. Durante os meses de novembro e dezembro os contos produzidos serão lidos na rádio local, fazendo com que a atividade de produção de texto cumpra sua função social.

A seguir apresento o projeto “A Hora do Conto: pelas ondas do rádio” 1ª fase, desenvolvido durante o 1º e 2º bimestres, seguido de sua 2ª fase, o projeto “A Hora do Conto: produzindo contos” desenvolvido durante o 3º bimestre.
[1] KLEIMAN. A.B. Leitura, ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 2001.

sábado, 24 de outubro de 2009

RELATÓRIO PARCIAL 1º MÓDULO GESTAR II

Junto aos professores, as atividades têm sido realizadas de forma satisfatória, embora encontrando algumas barreiras. Talvez a dificuldade maior seja mesmo a de perceber as atividades propostas como algo a ser integrado às atividades diárias, ou seja, não é preciso parar as atividades do livro para aplicar as atividades do Gestar, elas devem se somar e se complementar mutuamente. Essa visão estanque pode ser comprovada pelos comentários sobre a ‘falta de tempo para aplicar as atividades sugeridas’. Se fossem aplicadas de forma integrada, o tempo seria suficiente, visto que elas cobririam o espaço disponível nas aulas naturalmente, como uma metodologia de ensino, e não como uma aplicação de atividades para cumprir as TPs. No entanto, percebo o empenho dos professores em se atualizarem, buscando novas formas de ensinar e aprender, e o reconhecimento deles com relação à dificuldade de se alterar uma prática que de certa forma já está arraigada. Outra dificuldade se deu com relação ao acompanhamento das aulas dos cursistas. Mesmo com a opção de marcarmos data e hora para as visitas, não houve por parte do grupo aceitação para que se cumprisse tal exigência do Gestar. O grupo alegou já possuir experiência em sala de aula e certo constrangimento ao se ver ‘observado’ por um outro profissional enquanto trabalha. Combinamos que as atividades seriam fotografadas por eles e anexadas aos relatórios, como forma de acompanhamento. Assim foi feito. Quanto aos alunos, a participação tem sido positiva, as atividades elaboradas pelo Programa contemplam diferentes níveis de dificuldade e atendem até mesmo às expectativas do ensino médio, basta saber selecionar e dosar adequadamente. Sem dúvida, a principal conquista do Gestar é o convite à reflexão. Os professores são motivados a pensar a prática a partir de um enfoque mais interacionista da linguagem. Nesse aspecto aqueles velhos mitos e preconceitos sobre língua e linguagem, tais como antigos paradigmas sobre se escrever bem, noção de certo e errado, vão sendo substituídos por novas formas de se analisar o erro, dando lugar à adequação; também a maneira de entender a construção do conhecimento como algo partilhado, tanto entre professores, como entre os alunos, na troca de experiência é um ganho que tem sido sempre enfatizado pelos professores nos encontros e oficinas. O trabalho interdisciplinar também é uma conquista, embora ainda não se configure como deveria na prática. Trabalhar de forma integrada a outras disciplinas envolve muito mais que um bom projeto, envolve disponibilidade para ouvir o outro, aprender com outro, preparar atividades em conjunto, rever objetivos não alcançados, enfim, uma mudança de postura que não se limita ao Gestar, embora já se perceba um grande passo nessa direção. Finalmente, com alguns desafios ainda a serem vencidos, o saldo é bastante positivo e a disponibilidade para aprender – até com os próprios erros – é uma característica que tem unido bastante o grupo, mostrando que estar no caminho já é um grande passo para que a caminhada se conclua com sucesso.

domingo, 13 de setembro de 2009

RELATÓRIO SÉTIMO ENCONTRO

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis -SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

RELATÓRIO DO SÉTIMO ENCONTRO

Realizamos no dia 20 de agosto de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o sétimo encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, cumprindo a carga horária prevista de quatro horas, a saber, início às 7h e término às 11horas. O primeiro momento, destinado aos comentários e as discussões sobre as atividades focalizadas nas unidades 19 e 20, previsto para 30 minutos transcorreu normalmente, visto que o tema tratado - Coesão - é bastante tranquilo para os professores. No momento reservado para o relato de experiência, os professores apontaram o Avançando na prática da página 162 como sugestão interessante. O relato de experiência foi conduzido pelo professor Anderson, que desenvolveu com seus alunos a atividade do Avançando na prática da página 196. Lemos o texto de referência proposto pela TP, e comentamos as questões do Ampliando nossas referências, como forma de reforçar o que já havíamos discutido sobre o tema. A seguir realizamos algumas atividades do livro O leiturão (citado no relatório do sexto encontro) como sugestão para o trabalho com as relações lógicas do texto, proposto pela TP. A atividade nº 4 (página 188 da TP 5) foi desenvolvida pelos cursistas que relataram que na prática essa atividade se deu de forma bastante satisfatória, além dessa, também a atividade 18 (página 218) , trabalhando as relações lógicas no texto de humor, foi muito elogiada pelos professores que se mostraram receptivos a esses textos que são curtos e interessantes para a faixa etária em que nossos alunos se encontram. A seguir, realizamos a atividade proposta na página 257 (produção de texto publicitário) e aproveitamos os momentos restantes para avaliar o primeiro módulo do Gestar II. Os professores trouxeram alguns portifólios (foto anexa) com as atividades que estão sendo desenvolvidas e arquivadas nas escolas. Fizemos um balanço de nossas atividades até o momento e o saldo foi positivo. Algumas considerações foram feitas com relação ao caminho já percorrido, ficando o intervalo até o próximo módulo como momento para que os professores pensem sobre o projeto que iremos desenvolver no 2º semestre. Para nosso próximo encontro, ficou registrado o compromisso de trazer traçadas já algumas metas para a elaboração do projeto pelo grupo. A professora Dulce trouxe uma música para encerrar nosso primeiro módulo, o verso ‘quem acredita sempre alcança’ (Música: Mais uma vez – grupo Legião Urbana) serviu de mote para nossas reflexões e projeções futuras.

RELATÓRIO SEXTO ENCONTRO

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis -SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

RELATÓRIO DO SEXTO ENCONTRO

Realizamos no dia 15 de agosto de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o sexto encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, cumprindo a carga horária prevista de quatro horas, a saber, início às 7h e término às 11horas. O primeiro momento, destinado aos comentários e as discussões sobre as atividades focalizadas nas unidades 17 e 18, previsto para 30 minutos foi bastante proveitoso. Levamos dois livros de introdução à estilística como sugestão de leitura, um deles sugerido na TP5 (AGUSTINI, Carmem Lúcia Hernandes. A estilística no discurso da gramática. Campinas:Pontes, São Paulo: Fapesp, 2004. e MARTINS, Nilce Santana. Introdução à estilística. SP, USP, 2003.). Alguns conceitos foram reforçados, outros relembrados, tais como a diferença entre idioleto e estilo, frase e enunciação; o texto Palavra de Adriana Falcão, sugerido no Avançando na prática (página 40) foi muito bem recebido pelos professores que fizeram a leitura em voz alta e depois comentaram suas impressões a respeito do sentimento despertado pelas palavras do texto. Reforçamos a ideia colocada na TP sobre a importância de mostrar aos alunos a diferença entre romper com a norma gramatical por razões de estilo e romper com a norma gramatical por ignorância do funcionamento da língua. Na unidade 18 – Coerência Textual – trabalhamos os conceitos e depois desenvolvemos algumas atividades de leitura através de jogos, quebra-cabeça com textos e outras sugestões em forma de oficina (Referência: ALVARADO, Maitê. O Leiturão: jogos para despertar leitores. Editora Ática, 2001). Assim, os professores puderam somar a teoria vista na TP às atividades práticas da oficina de leitura. Reforçamos o posicionamento da TP ao sugerir que sempre que possível o professor utilize textos que seus alunos devem ler para outras disciplinas em análises de interpretação textual. A partir do Avançando na prática da página 93 desenvolvemos a leitura de outros textos publicitários bastante interessantes, que constroem sua coerência a partir do suporte em que são publicados, então comparamos anúncios publicados na Playboy, na Veja, Claudia e outras com argumentos direcionados ao leitor idealizado pela revista. A professora Denilse relatou sua experiência ao desenvolver a atividade do Avançando na prática da página 105, distribuindo aos colegas cursistas a história em quadrinhos com os diálogos previamente apagados, conforme a sugestão da TP. O objetivo era perceber se os alunos compreenderiam o fio condutor da história, (uma menina, representada pela Mônica, soltando pipa; brincadeira que Cascão e Cebolinha consideram restrita aos meninos) sendo capazes de ligar os balões às imagens (linguagem não-verbal) do texto. A professora relatou que as séries iniciais (6º ano) mostraram bastante dificuldade, não demonstrando de imediato, e sem a sua interferência, compreensão do tema proposto para o texto. Ainda assim, a atividade foi produtiva, apesar da dificuldade, houve envolvimento da turma, um dos alunos, inclusive, levou uma pipa para a professora, ficando combinado um dia de aula ao ar livre para que todos pudessem empinar a pipa como na história em quadrinhos (Foto anexa). A seguir, realizamos a atividade proposta na página 254 da TP5, fechando, por hora, as unidades estudadas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

RELATÓRIO QUINTO ENCONTRO

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis -SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

RELATÓRIO DO QUINTO ENCONTRO

Realizamos no dia 04 de julho de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o quinto encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, cumprindo a carga horária prevista de quatro horas, a saber, início às 7h e término às 11horas. O primeiro momento, destinado aos comentários e as discussões sobre as atividades focalizadas nas unidades 15 e 16, previsto para 30 minutos foi estendido por tratar de um assunto que consideramos de grande relevância para o desempenho do professor no trabalho com o texto. Fizemos a leitura da página 114 – Mergulho no texto – comentando a proposta de Kleiman sobre as estratégias cognitivas e metacognitivas de leitura, como importantes habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos/leitores. O trabalho a partir de perguntas e de previsões já faz parte de nossas estratégias de exploração do texto, no entanto, as sugestões da TP 4 vieram somar e apontar caminhos para um trabalho mais seguro e objetivo. A atividade 7, da página 128 foi desenvolvida com o grupo, que explorou o texto “Supermercados, as catedrais do consumo”, buscando nesta atividade apontar os andaimes de construção do texto, analisando suas estratégias de argumentação. Concordamos com o Guia que postula a importância de se estabelecer a estrutura do texto lido, como sendo o melhor caminho para se chegar a seu significado global. Algumas sugestões de atividade objetivando desenvolver esta habilidade foram propostas pelos professores que também vêem nessa estratégia um importante caminho para se chegar à compreensão do texto lido. O texto de referência “Por que meu aluno não lê?” da página 147 serviu para um importante debate sobre a resistência dos professores frente a propostas que chegam à escola rompendo com o ensino tradicional; de fato o professor novato ao chegar com a convicção da necessidade de mudança, mas sem o devido preparo para sustentar seus argumentos e suas propostas, muitas vezes, termina por se calar frente ao discurso dos professores que já se encontram na casa e que já se deixaram vencer pelo sistema e pelo cansaço. A vontade de mudar deve estar sustentada pela formação necessária, para que a mudança realmente aconteça de forma efetiva. A sugestão do Guia para se sair da passividade da escrita através do trabalho ativo de produção textual, na unidade 16 foi bem aceita pelo grupo, uma vez que essa já é a nossa bandeira como professora de língua portuguesa. A atividade sugerida na TP4- Oficina 8 – página 31 foi substituída pela oficina do professor Anderson, que trabalhou a atividade do Avançando na prática da página 182, por sugestão do grupo, conforme relatório do quarto encontro. Finalizando, fizemos uma rápida avaliação do encontro e nos preparamos para a unidade seguinte.

Relatório Quarto Encontro

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis -SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

RELATÓRIO DO QUARTO ENCONTRO

Realizamos no dia 20 de junho de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o quarto encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, cumprindo a carga horária prevista de quatro horas, a saber, início às 7h e término às 11horas. O primeiro momento, destinado aos comentários e as discussões sobre as atividades focalizadas nas unidades 13 e 14, previsto para 60 minutos serviu para que fossem retomados alguns conceitos básicos levantados nos textos de referência. Como os conceitos ali tratados pareciam não ser ainda dominados por todos, sugeri que fizéssemos uma releitura das páginas 54 e 55, e posteriormente fossem lançadas as idéias centrais do texto em forma de fichamento, reescritas num papel pardo e apresentadas para o grupo, assim nos resguardamos de apresentar conclusões do senso comum, ficando os conceitos propostos pelo Guia como mote para as atividades a serem desenvolvidas. O segundo momento oportunizou aos professores relatar sobre suas experiências, em sala de aula: o texto Nossas cidades, na página 76, embora não fizesse parte do avançando na prática, foi utilizado como exemplo para tratar das partes que compõem o texto e suas estratégias de argumentação; a atividade 12, da página 88 também gerou importantes comentários, explorando os diferentes objetivos de leitura. A oficina com o poema “Cidadezinha qualquer” de Drummond também possibilitou momentos de reflexão e de releitura, a partir da análise proposta pelo Guia. Os professores se mostraram bastante interessados e disseram estar contagiados pelo envolvimento dos alunos, que têm dado uma resposta sempre positiva às intervenções sugeridas pelo Gestar II. Finalmente, nos preparamos para a unidade seguinte, ficando o professor Anderson encarregado de promover a oficina do próximo encontro, trazendo para o grupo a atividade que irá desenvolver em sala de aula.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Relatório Terceiro Encontro

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis -SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

RELATÓRIO DO TERCEIRO ENCONTRO

Realizamos no dia 06 de junho de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o terceiro encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, cumprindo a carga horária prevista de quatro horas, a saber, início às 7h e término às 11horas. O primeiro momento, destinado aos comentários e as discussões sobre as atividades focalizadas nas unidades 11 e 12, previsto para 30 minutos, se estendeu bastante, devido ao grau de dificuldade dos conceitos estudados. Realizamos juntos a releitura de alguns pontos mais relevantes. A discussão e identificação de sequências tipológicas presentes nos textos possibilitou a reconstrução de conceitos e permitiu ao grupo a revisão de antigos paradigmas. O segundo momento, previsto para ser realizados em 50 minutos, fundiu-se ao primeiro: fomos ouvindo os relatos do avançando na prática à medida que fazíamos releitura dos textos e comentários das experiências em sala de aula. A Oficina 6: TP3 – Unidade 12 (pág. 194), prevista para 120 min, começou a ser desenvolvida já no primeiro momento, com as reflexões sobre os conceitos fundamentais trabalhados nas unidades 11 e 12 (identificados e selecionados em casa pelos cursistas); neste ínterim também a realização em grupo das atividades 5 (unidade 11) e 4 (unidade 12) foram antecipadas e discutidas ao serem revistas na leitura conjunta; foram formados dois grupos para a realização da análise do texto Composição: o salário mínimo de Jô Soares: ao voltarmos ao grande grupo, foram levantadas as seguintes considerações a respeito do texto analisado: o gênero “redação escolar” serviu de motivo, em 1º plano, para o real objetivo do autor, a saber, ironizar o poder de compra do salário mínimo. O objetivo real do texto o caracteriza como “crônica” e pode ser confirmado nos argumentos e no suporte utilizado para a sua divulgação, revista de circulação nacional. Essa constatação reforça os conceitos vistos nas unidades anteriores: o gênero deve ser analisado levando-se em consideração a função, a forma e o suporte. Aqui, o suporte foi definitivo para a classificação do gênero, visto que uma redação escolar não seria publicada em revista de circulação nacional, a menos que esta fosse específica da área de educação. Os professores identificaram, dentre os recursos que se configuram no texto escolar, o ponto de vista infantil (infantilizado pelo autor como recurso expressivo), em trechos tais como:“eu não sei bem o que é cesta básica”; “é só diminuir o tamanho da cesta que aí cabe tudo”; “a minha mesada é muito pequena”; “com o que a minha mãe me dá quase não dá pra comprar figurinha”. Também foram identificadas palavras e expressões que remetem ao universo escolar tais como “eu disse esse nome no recreio e a professora me deixou de castigo”, “espero que a professora me dê uma boa nota”. O ritmo do texto também é característico de redação escolar: “se eu fosse presidente da República mudava o salário mínimo para um salário bem grande e chamava ele de salário máximo.” (com marcas da oralidade “chamava ele” “se eu fosse/mudava ( e não, mudaria)”; o recurso gráfico utilizado na fonte cursiva, e, finalmente, o título, que nos remete àquele universo. Faltou-nos a informação sobre a data da publicação, o que nos permitiria uma leitura contextualizada ainda mais rica. No entanto, sabemos que seu real contexto de produção não é o universo escolar, e então, dentre as pistas deixadas pelo autor, foram apontadas o saber adulto ao dizer que “quem ganha salário mínimo não tem dinheiro para comprar revólver”; saber que o “aumento do salário mínimo está, de certa forma, atrelado ao pagamento de benefícios como a aposentadoria”; saber que a cesta básica serve de cálculo para o valor do salário mínimo e ironizar, se escondendo no sujeito lírico infantil, que é ‘só diminuir bastante o tamanho da cesta que aí cabe tudo’; saber da Constituição e dos direitos previstos em lei, aviltados pelo salário mínimo; saber sobre o desemprego e ironizar a figura do tio que ‘acredita’ no livro chamado “Constituição”. Enfim, como já dissemos, embora apresente-se em forma de redação escolar, sua função ou objetivo o caracterizam como pertencente ao gênero crônica, e, finalmente, o suporte (revista de circulação nacional) - além do nosso conhecimento de mundo sobre quem é Jô Soares - terminam por configurá-lo neste gênero e não naquele. O efeito alcançado através dessa transposição de gêneros vai além das expectativas que se pode ter em relação ao texto escolar: o pretexto para se apresentar criticamente diante do absurdo de se conceber, como salário mínimo, uma quantia irrisória que não contempla o que legalmente prevê a Constituição. Ao se apresentar através de um sujeito lírico infantil, ‘inocente’, temos a argumentação construída do ponto de vista de quem “não sabe” ou “não compreende” ainda como funciona a distribuição de renda no País. No entanto, nas subjacências do texto, temos o que de fato o cronista quer passar – o salário mínimo não é suficiente para as necessidades básicas previstas em lei, mas a maioria dos cidadãos brasileiros é levada ‘inocentemente’ a acreditar ou a fingir que acredita que ele é suficiente para uma família viver ou sobreviver por um mês. Essa “inocência” é então ridicularizada, ironizada, escondida num narrador infantil. Outra observação interessante foi feita com relação à seqüência tipológica determinante presente no texto: embora tenhamos na superfície o predomínio de seqüências narrativas, temos na leitura de profundidade a discussão de um tema, que aliás, é o objetivo final do texto, caracterizando-o como dissertativo. Essa estrutura aproxima o texto de Jô Soares aos textos escritos em condição real de produção, por nossos alunos, que utilizam-se de seqüências narrativas para expor e argumentar em seus textos dissertativos. Nos 20 minutos restantes preparamos as unidades seguintes. Registramos nesse encontro a presença de mais três professores, aumentando nosso grupo em qualidade e diversidade, além de potencializar nossas trocas de experiência consideravelmente. Passado o primeiro contato com o material do Gestar, o grupo se apresentou mais tranquilo com relação ao tempo previsto para o cumprimento da carga horária do curso. As observações quanto à qualidade do material elaborado pelo Gestar, como sempre, foram reveladoras de uma ótima opção de trabalho, registrando aceitação dos docentes e discentes envolvidos.

domingo, 24 de maio de 2009

Cronograma de atividades para encontro do dia 06/06/2009



Segundo Encontro Gestar II

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

RELATÓRIO DO SEGUNDO ENCONTRO

Realizamos no dia 23 de maio de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o segundo encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa, cumprindo a carga horária prevista de quatro horas, a saber, início às 7h e término às 11horas. O primeiro momento, destinado aos comentários e as discussões sobre as atividades focalizadas nas unidades 9 e 10, transcorreu em 30 minutos: foram levantadas importantes observações sobre a proposta de identificação dos diferentes gêneros, tendo como critério não apenas sua forma e função - como tradicionalmente se faz -, mas considerando também o suporte como fator determinante. Esse e outros apontamentos, possíveis a partir da leitura dos textos de referência, desencadearam momentos de reflexão e considerações dos professores cursistas. O segundo momento, destinado à troca de experiências, através dos relatos do avançando na prática, desenvolveu-se em 50 minutos. Segundo os professores, as atividades foram muito bem recebidas pelos alunos, que gostaram dos textos propostos, e também por eles, que viram no material do Gestar II uma alternativa interessante e rica. Os textos escolhidos para análise comparativa de gêneros literários e não-literários desencadearam outras atividades: com o texto extraído de um livro didático de geografia, sobre as diferenças entre indústria e artesanato, os professores exploraram também as peculiaridades do texto informativo, tais como sua estratégia de construção, através da enumeração e da comparação de elementos caracterizadores do trabalho industrial e artesanal. A partir da identificação desses elementos, por meio de cores diferentes, e de sua transposição para o quadro, em forma de esquema, os professores puderam explorar outro gênero não-literário, o resumo. Os relatos foram apresentados apenas oralmente, pois os professores solicitaram um tempo a mais para a entrega do relato escrito para arquivo no portifólio. O terceiro momento, destinado a Oficina 5 da TP 3/ unidade 10, teve duração de 120 minutos. Os professores se organizaram em um único grupo e, juntos, sugeriram diferentes formas de trabalhar o texto 2 (pág. 193). As sugestões elaboradas colocaram em evidência o olhar do grupo para o trabalho com o texto: muito mais holístico; considerando recursos expressivos; evidenciando as marcas deixadas para a reconstituição do eu-lírico; com apontamento das marcas ideológicas que subjazem do discurso da época; ressaltaram ainda, a necessidade de se contextualizar os papéis “masculino” e “feminino” identificados no texto, a seu momento histórico de produção e sua transposição para os novos papéis sociais de homens e mulheres no século XXI, dentre outros. No momento de avaliar a oficina, os professores fizeram algumas considerações a respeito da necessidade de um apoio financeiro da Secretaria Municipal de Educação para que a escola possa fornecer as cópias impressas ou xerocopiadas para o desenvolvimento das atividades do Gestar II; também foi colocada a preocupação geral do grupo com relação às visitas do formador para a avaliação das aulas práticas dos professores cursistas. Embora data e atividade possam ser definidas por eles, a situação de avaliação não os deixa tranquilos e tem sido a maior preocupação do grupo. Com relação a pontos ainda obscuros no primeiro encontro – tais como ‘o que fazer com as AAAs?’ - os professores disseram estarem agora mais claros. A seguir, em 20 minutos, passamos o cronograma com as atividades previstas para o próximo encontro.




























sábado, 16 de maio de 2009

Primeiro Encontro Gestar II

(Professores de Português e Matemática da SMEM em reunião de abertura do GESTAR II)

RELATÓRIO DE ATIVIDADES GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS/SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Professor Formador: Rosane Miranda Rodrigues dos Reis - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MANHUAÇU

PRIMEIRO ENCONTRO

Realizamos no dia 09 de maio de 2009, nas dependências da Secretaria Municipal de Educação de Manhuaçu, o primeiro encontro com os professores cursistas do Gestar II de Língua Portuguesa. O objetivo do encontro que teve duração de quatro horas, com início as 7h e término as 11horas, foi alcançado, visto que a apresentação do Guia Geral com o desenvolvimento das unidades 1,2,3,4 e 5 (grande grupo), além da apresentação da TP 3 e de suas respectivas AAAs (com divisão do grupo por disciplina) aconteceu dentro dos limites esperados, com relação ao fator tempo e produtividade; quanto as expectativas de adesão, contamos apenas com a participação de cinqüenta por cento dos professores inscritos, apesar de eles terem sido consultados com relação a melhor dia e horário para a realização dos encontros. A coordenadora Telma Natal da Silva desenvolveu as unidades traçando em linhas gerais a proposta do programa, apresentando os direitos e deveres do professor cursista, suscitando debates e promovendo discussões a respeito das possibilidades e das limitações que a proposta traz como implicações. Dentre as possibilidades os professores apontaram a interação e a troca de experiência; a oportunidade de aprender a ensinar; além do envolvimento da comunidade e a dinamização de aulas e oficinas pedagógicas como expectativas que pareciam encontrar respaldo na proposta do Gestar II. Como dificuldade ou limitação, os professores apontaram de forma uníssona: muita atividade para ser desenvolvida num espaço limitado de tempo. A partir da dificuldade colocada, sugerimos que os professores desenvolvessem as atividades previstas para essa primeira quinzena, fazendo as adaptações necessárias ao seu tempo disponível, a fim de que na próxima oficina pudéssemos avaliar a viabilidade do cronograma de atividades em relação ao tempo disponível para a sua execução.